Freud brincava – ou ameaçava? – que se a gente não conta com a boca, conta com as mãos. E por trás de tudo isso, do pensamento e da palavra, estão a dor e a alegria de viver, a graça e a desgraça, a vida assim como ela é. Então, numa ordem lógica, trata-se em primeiro lugar do viver, depois do contar e depois do pensar. Viver de corpo e alma: com todos os sentidos, com as vibrações e as emoções, com a fome e a comida, com os olhos e os ouvidos maravilhados ou espantados num mundo de promessas e de frustrações.
Autor: Luiz Carlos Susin